Nestor Freire é idealizador do Projeto Giraventura (@projetogiraventura), uma sequência de expedições de bicicleta composta de 15 etapas anuais durante um período de 15 anos que tem como proposta o autoconhecimento e desenvolvimento pessoal através do compartilhamento das experiências vividas nas viagens.

Nestor também é nosso embaixador e entre agosto e setembro de 2023 partiu para a 11ª etapa do seu projeto, dessa vez em solo brasileiro.

A Expedição Transamazônica atravessou parte da BR 230, uma das rodovias mais polêmicas de nosso território. “Minha ideia foi dividir a extensa Transamazônica que vai de Cabedelo, Paraíba até Lábrea, Amazonas em duas partes, tendo a cidade de Marabá, Pará como ponto de partida. Dessa forma, dividindo a rodovia em dois ramais, oeste e leste, percorri 2.244 km do trecho oeste de uma maneira diferente, alternando travessia de bike, barco e até avião”.

Foram 35 dias de expedição muitas histórias de lugares e principalmente de pessoas.

Nesse post ele partilha exclusivamente um pouco do que viveu com a gente!

1) Nestor, o que motivou você para fazer essa viagem, com tantos desafios?

R: A Transamazônica sempre esteve na minha mete desde que atravessei o Brasil de Norte a Sul em 2020. Sabia que o desafio seria maior do que a expedição do Oiapoque ao Chuí. Sou uma pessoa que vive de emoções, de encontros e tinha certeza de que essa experiência me traria mais sabedoria dado o seu grau de dificuldade.

2) Conta para a gente qual foi a melhor e a pior experiência que viveu nessa viagem.

R: A melhor experiência foi sem dúvida o encontro com as pessoas que moram nessa terra maravilhosa que é a Amazônia. Um povo simples, gentil e muito solidário que me acolheu nos momentos mais difíceis. Lembro que depois de cada encontro vivia um luto e assim aprendi muito com a morte. Achamos que vivemos o luto somente quando perdemos um ente querido e isso é errado. Se o melhor da vida está no aqui agora, vivemos o luto a todo momento, então aprender a encarar o luto dessa maneira nova foi completamente inovador para mim. Responder essas perguntas é um momento extasiante para mim, mas acabará e viverei o luto delas. Isso tem um significado: a felicidade está no momento vivido. Quanto ao pior momento, acredito que foi perceber o quanto as pessoas que vivem embaixo da floresta são esquecidas pelo poder público. Isso realmente é entristecedor e me faz pensar o quanto somos privilegiados na região centro sul do nosso país.

3) Você levou alguns produtos CURTLO para testar, certo? O que achou dos produtos? E quais você acredita ser indispensáveis para se fazer uma cicloviagem como está?

R: Primeiro a CURTLO esteve presente durante as fases de pré-planejamento, planejamento e execução da viagem. Tive várias reuniões na empresa com o gerente de produto tentando definir o que seria melhor para eu levar. Acabei optando por bolsas bikepacking que não haviam sido lançadas, nem testadas. Arriscado? Não, pois se trata de produtos CURTLO, os quais conheço há anos. Desde o malabike de viagem, as bolsas impermeáveis de canote, o porta-trecos, a bolsa central de quadro, roupas. A CURTLO foi responsável por pelo menos 70% de todo equipamento que levei e se existe alguém que possa dividir o sucesso de ter terminado essa expedição é justamente a CURTLO.

4) Escreve aqui para a gente algumas dicas de como se preparar para as viagens? Você leva um roteiro escrito, levanta quilometragens e locais para descansar?

R: A preparação para uma grande expedição é bem complexa e requer um estudo profundo de viabilidade e gerenciamento de riscos. Costumo dizer que para qualquer viagem de bike se você planeje, é importante ter inicialmente um termo na cabeça o qual chamo de QTQR (quanto tempo, qual rota). Essa é a primeira pergunta que se deve responder para definir estratégias de planejamento e execução de viagem. Com essa pergunta respondida, parte-se para a escolha dos equipamentos de viagem. Aconselho sempre o cicloviajante iniciante procurar equipamentos de empresas que tenham nohall no que fabricam, afinal sua vida pode depender desses equipamentos. Nesse quesito, com grande gama de produtos a CURTLO se destaca, pois além de ter uma expertise de mais de 30 anos de mercado, é uma empresa 100% brasileira. Estou muito satisfeito com os produtos e atendimento CURTLO e os recomendo a qualquer cicloviajante.